Durante um tempo em vivi presa na correnteza.
Eu estava procurando a verdade e havia uma razão.
E então, eu colidi em você.
Todas as noites alcançava você por meio dos sonhos sem fim.
Chamava seu nome na madrugada e aí eu lembrava que existiam tantas milhas entre nós.
Mas você esteve sempre aqui comigo.
Ninguém sabe por que, como ou quando este sentimento começou por meio de uma faísca.
Mexendo e virando dentro do meu coração.
Explodindo no escuro tudo dentro de mim.
Era aí que eu encontrava meu caminho até você.
Meu mundo estava em suas mãos e em seu coração.
Era um universo em que sempre você esteve comigo.
Agora estou bem aqui, não há mais milhas entre nós, só existe a esperança de que exista você e eu.
Naquela tarde a maneira como você me olhou me deu um vislumbre de como as coisas poderiam ser entre nós.
E os dias passaram e agora eu me recuso a aceitar qualquer que seja as palavras que estão em sua mente que irão destruir o pouco de esperança que eu tinha para o nosso "quem sabe algum dia".
Mas hoje você não está aqui comigo.
Eu acabei de perder oficialmente a guerra contra o meu coração.
Eu nem sequer me preocupo em digitar uma resposta pra você.
Minha reação pode ser vista nas lágrimas.
Eu sei que você ia partir, eu estou a um fôlego de distância de implorar para você ficar e me fazer parte da sua escolha.
Eu quero cair aos meus joelhos, ao lado do meu coração despedaçado, e implorar para que você me escolha.
A parte patética de mim quer implorar para você ficar, mesmo que não tenha me escolhido.
Cada sentimento honesto que eu compartilhei, cada brincadeira que fizemos, cada defeito e qualidades que listamos durante as madrugadas nada disso existe mais porque você não está mais aqui comigo.
Minha tristeza está me puxando para a correnteza novamente, e eu nem sequer tento segurá-la enquanto eu choro enormes lágrimas de tristeza.
Eu estou chorando lágrimas sobre a morte de algo que nunca teve a chance de viver e florescer.
A morte de nós.